A publicação do livro Movimento, um jornal alternativo (1975-1981), guarda uma enorme atualidade para os dias que correm. O Brasil passa por um dos momentos críticos de sua História, um momento de rupturas e ameaças sérias às frágeis e limitadas instituições democráticas nascidas com o fim da ditadura de 1964. O período atual, chamado por muitos de restauração democrática com a constituinte e a nova constituição de 1988 e depois a primeira eleição direta para presidente em 1989, sempre foi objeto para justificar o suposto enraizamento de novas e sólidas instituições da democracia. Isso deveria significar não só o estado e direito, a liberdade de opinião e de imprensa, o livre direito de manifestação e organização, mas acima de tudo a plena, livre e consciente participação popular no sistema político. A realidade está bem distante dessa perspectiva.
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