Esta obra como objetivo analisar as contribuições da Universidade Aberta do Brasil (UAB) como política pública de formação inicial de professores e os saberes (re)construídos pelos egressos de Sergipe que atuam na educação básica, no período de 2012-2015. Partiu-se do pressuposto que os saberes (re)construídos pelos egressos na formação têm relação com uma prática docente baseada nos processos da dialogicidade: o ensinar e o apreender, de modo a contribuir com a interação humana e tecnológica. Trata-se de uma pesquisa de natureza quanti-qualitativa norteada pela dialética que concebe o mundo como um conjunto de processos em constante transformação. Os sujeitos são egressos docentes da rede pública da UAB/Sergipe, vinculados ao Centro de Educação Superior a Distância (Cesad) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) que concluíram seus cursos de licenciatura, no período de 2012 a 2015. Para a análise quantitativa, empregou-se a quantificação, tanto na coleta de informação quanto no tratamento dos dados, por meio de técnicas de estatística básica com vistas à descrição de percentual, média e desvio padrão, visando mapear a expansão e a interiorização da UAB/Sergipe. Quanto à análise qualitativa, oriunda dos discursos dos sujeitos coletados via questionário online, utilizou-se a análise de conteúdo (AC) por se caracterizar como um método aberto que permite a reconstrução de caminhos. Após esse processo analítico, enfatizou-se a interpretação e a (inter)subjetividade, bem como a valorização dos contextos das respostas nos processos de constituição dos significados. Os resultados evidenciaram que a profissão docente deve ser integrada à formação inicial, na modalidade EaD, ofertada no lócus da UAB/Sergipe, visando uma prática reflexiva sustentada nos saberes de formação científica com um ensino voltado à pesquisa, saberes experienciais por meio de uma ação laborativa na escola fundada no saber fazer e no saber ser, saberes curriculares apreendidos da área pedagógica e, por fim, saberes disciplinares relativos à especificidade das áreas de conhecimento. E na busca de sentidos e significados, ressalta-se a necessidade de se valorizar os sujeitos e suas histórias sociais, reconhecendo suas inter-relações com o mundo, o outro e consigo mesmo por meio da linguagem em vista de uma educação humanizada. E, nesse sentido, compreende-se a formação de professores no Brasil como um desafio. Os inúmeros reveses das políticas públicas e a falta de reconhecimento da profissão são obstáculos voltados para a valorização do professor. Essas questões impactam diretamente na demanda de indivíduos para os cursos de licenciatura no país.
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