O livro reúne capítulos que tratam de cosmopolíticas entre os Yanomami, Galibi-Marworno, Jamamadi madiha, Akroá Gamella, Anacé, Ramkokamekrá-Canela, Potiguara, Tumbalalá, Xukuru, Kiriri, Tupinambá de Olivença e da Serra do Padeiro e o conjunto de povos indígenas do Baixo Tapajós. Abordadas de formas diversas, os autores aproximam-se das relações cosmopolíticas através do xamanismo, das definições de alteridades, das práticas rituais, das retomadas culturais e linguísticas e dos conflitos políticos e interétnicos, assim como da participação de pessoas não humanas em circuitos de trocas. Os escritos foram apresentados no Grupo de Trabalho “Cosmopolíticas e resiliência no Norte e Nordeste indígenas do Brasil” e na Mesa Redonda “Etnologia dos povos indígenas do Nordeste: balanço crítico-reflexivo” da VI Reunião Equatorial de Antropologia (REA), realizada em dezembro de 2019, em Salvador-Bahia, e são parte de um esforço maior, conduzido pelos organizadores da coletânea, que, por quase uma década, promove espaços de debates e exercícios comparativos teórico-etnográficos entre Amazônia, Nordeste e Leste indígenas (essa última região composta pelo sul da Bahia e os estados de MG e ES), percebidas e, em certo sentido, mantidas como díspares na etnologia brasileira.
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