O modo pelo qual nós nos relacionamos com as imagens são resultado de uma miríade de processos que vão além do instante eternizado. Que tipos de agenciamentos perpassam nossas fotografias quando permitimos que o Google as organize em um álbum digital? Mais do que uma simples seleção ou categorização de momentos felizes, as plataformas comerciais assumem um caráter de disputa e controle que corresponde a uma nova configuração de poder e vigilância. Em uma conjuntura em que algoritmos escolhem quais lembranças devem emergir, Recordar ou Capturar propõe uma reflexão sobre os mecanismos invisíveis que regem a organização da memória na era digital, questionando até que ponto somos autores de nossas próprias recordações ou apenas espectadores de uma narrativa maquínica.
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