Neste livro original e inovador, a autora aborda um tema ainda pouco explorado de forma sistemática em Sergipe. Pauta-se no reconhecimento da diversidade/diferença, do combate de discriminações nas relações de gênero que sustentam assimetrias e preconceitos. A autora analisa o fenômeno da violência na, da e à escola, com base em pesquisa realizada em uma escola da Rede Pública Estadual de Ensino da região metropolitana da cidade de Aracaju. Inova ao apresentar depoimentos de alunos, professores e demais membros do corpo técnico-pedagógico. Parte da premissa de que a violência é uma construção social que se dá em meio a um conjunto de relações e interações entre os sujeitos. Alinha-se, dessa forma, com uma perspectiva ampla, onde devem ser considerados os significados atribuídos pelos atores que fazem parte do cotidiano escolar. O estudo chama a atenção para a reprodução de estereótipos, inclusive quanto ao lugar da escola em tal processo, considerando que muitos dos discursos de professores alimentam uma cultura que tende, se não necessariamente a apoiar, muitas vezes a silenciar sobre discriminações. A escola, abstendo-se de assumir um papel de enfrentamento das violências existentes em seu interior, não assume o seu papel em termos de formação de uma cidadania pautada no reconhecimento da diversidade, da denúncia, do combate e da desconstrução de discriminações e relações de gênero que sustentam assimetrias e preconceitos no seu cotidiano.
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